Fílis e Amor - Bocage


E hoje vamos analisar um poema! Sim um PO-E-MA de um autor muito importante no arcadismo, Manuel Maria Barbosa du Bocage. “Fílis e Amor” é considerado uma cançoneta anacreôntica e ate esses dias atrás eu não me lembrava o que isso significava. Mas veio de Anacreonte que foi um poeta lírico grego com um estilo muito particular de escrever sobre suas musas. E todos os poemas com essas particulares características são chamados de cançonetas anacreônticas – e dizem que Anacreonte foi quem inventou as canções de amor!

Mas voltando, o poema foi escrito no arcadismo e Bocage não estava genuinamente interessado na mitologia, embora seja uma historia sobre o cupido e haja elementos mitológicos. Os deuses são  usados como recursos expressivos. O bonito do Cupido foge de sua mãe, Vênus e vai a um bosque e acaba encontrando Fílis para brincar.

Alerta de Spoiler: não era brincadeira de criança. Fílis descobriu que o amor pode machucar!

No poema, Bocage faz uso de alegoria, já no inicio do poema, na primeira estrofe, onde o bosque é “denso” e “pouco trilhado” e já acostumado a ter “ternos crimes”. Fílis representa uma mulher ingênua, vulnerável amorosamente, o bosque, um lugar de solidão e isolamento – propício ao amor vulnerável e o Cupido, sendo o próprio, o homem que espalha o amor.

E é claro que como toda historia... A moral dessa é que ninguém pode “brincar” com o amor, ensinada pelo Cupido – aquele que propaga o amor! -  sem se machucar. Ai!

- Noemi Francisco

P.S.: Leiam o poema, é muito bonito!

Referencias: Caderno Particular do Ensino Médio, 2016. 

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