Não te amo - Almeida Garrett


E mais uma vez, vamos falar de poema, eeeh! Essa obra foi escrita por Almeida Garrett e numa leitura superficial, é extremamente confuso! É constituído por seis estrofes e vinte e quatro versos. 

Não te amo, mas quero-te... te quero, mas não te amo... São orações repetitivas ao longo do poema. O eu lírico, desde o primeiro momento, se dirige a amada, desabafando seu sentimento. A obra expressa bem a relação de oposição entre o querer e o amar e é por isso que o eu lírico é tão confuso. Esse dilema – acredita ele, que o levara a perdição.

O eu lírico esta em conflito consigo mesmo, afirma não amar a “amada” à qual o poema se dirige, mas, negar o amor, fazendo uso exagerado de uma linguagem de emoção e passionalidade, demonstrando claramente a incerteza quanto a esse não amor. Essa predominância da linguagem emocional em detrimento da linguagem racional é por conta da quantidade enorme de sinais de pontuação que se apresentam ao longo do poema.

Alerta de Spoiler: o eu lírico realmente ama a persona!

O poema esta em primeira pessoa do singular já no primeiro verso: “amo”. Mostrando, portanto, uma atitude carregada de egocentrismo do eu lírico. Durante todo o poema, o eu lírico está focado no próprio sentimento, sempre o “eu” interior, destacando o individualismo e omitindo toda e qualquer manifestação sobre a amada. 

Além disso, vemos uma relação entre a morte e a amada, como que para mostrar o escapismo -  característica da escola literária em que o poema foi escrito - ao qual recorre o eu lírico. É um típico do homem romântico, ele foge através da morte. A repetição da expressão “Ai! Não te amo, não!” – o refrão do poema, só confirma que o eu lírico esta tentando se convencer de que não ama a sua musa inspiradora! E nós aqui, achando que o poema era um simples aviso do eu lírico de que não amava a amada!

- Amanda Cardoso, Lorena Costa, Jade Prado e Noemi Francisco

Referencias: https://sentirportugus.blogspot.com/2015/10/proposta-de-analise-de-nao-te-amo-de.html; https://www.recantodasletras.com.br/analise-de-obras/5699331.

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